terça-feira, 2 de julho de 2013

Já faz três meses!

Pois, se passou um trimestre desde que peguei a estrada em definitivo para Vitória da Conquista. A mudança foi inesperada, pois eu não acreditava que seria aprovada na seleção para o curso, mas Deus me permitiu o ingresso e no dia 2 de abril eu parti da minha terrinha querida.
Nesse período, achei que fosse ter menos tempo livre, que fosse cozinhar só em fins de semana, que meus poucos agasalhos seriam suficientes, que não daria tempo de sentir saudades... Ledos enganos. Mas encontrei professores de ponta e tenho aprendido muito com o curso, principalmente que para fazer ciência tenho que ter rigor com o método e humildade com os resultados.  
Minha primeira providência foi encontrar logo uma casa espírita. Me integrei a duas casas onde fui muito bem recebida, de modo que tenho a alegria semanal dos estudos e da evangelização infantil na SEEVIC e da campanha da sopa pela cidade no Maria de Nazaré. Conheci o Centro de Convenções Divaldo Franco – imagine aí, um espaço nobre da comunidade espírita, onde assisti a primeira apresentação de canto lírico da vida. Lindo de viver!
Conheci a enorme sensação de dignidade de pedalar em uma ciclovia. Assisti Romeu e Julieta à moda de Suassuna, interpretado pelo primeiro curso superior de Artes do interior do estado. Parabéns à turma pelo Latumia, que reúne literatura, teatro, canto e dança. Vi Otto e Arnaldo Antunes cantarem na mesma noite. Assisti Alceu Valença em vésperas de festa junina. Tudo de graça, na praça principal. Estou perdendo o medo de altura e ganhando confiança em meu corpo com as acrobacias em tecido, arte circense tão linda quanto desafiadora. Conheci o slackline e o esporte mais impressionante de toda a minha vida, o le parkour. Sem palavras! Ah, conheci o Viela Sebo Café em noite de festa.
Gosto das ruas ajardinadas, 85% mais limpas do que as de Itabuna (os outros 15% são de cocô de gato e cachorro, tudo igualzinho...), gosto de estar perto de tudo e resolver o que preciso a pé, gosto de prosear com a vizinha e de fazer compras na feira, tão limpa e organizada que nem parece feira livre. Gosto ainda mais do por do sol e dos dias ensolarados, quando as flores ganham mais cor e energia.
Tive uma dificuldade inicial para fazer amizades. Quando eu respondia sobre minha idade ou o curso que me trouxe aqui, o papo morria. Agora descobri que tenho que responder apenas "sou do tecido e do pedal". Assim, conheci muita gente legal e quero continuar fazendo muitos amigos. Mas a melhor coisa que podia ter acontecido foi descobrir que aquela mocinha com quem eu simpatizei logo no primeiro dia de aula, com quem puxei conversa no intervalo, de quem roubei um pedaço de melancia do prato no RU era exatamente minha prima! Ah, não teve preço!
Agora falta eu me acostumar ao clima e superar essa bendita laringite pra tudo ficar melhor.

Vamos em frente!

6 comentários:

  1. Lindo de se Ler , te adoro minha linda professora, pura de alma e de cor ,que só sabe respirar amor. kylli

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  2. Que delicia! Você merece todos esses bons detalhes que estão fazendo seus dias tão felizes!
    Me ensina a "brincar" com o tecido? Com o pedal eu já sei!

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  3. Obrigada, meninas! Ensino, sim, Bel, mas tem que ter fôlego e coragem, viu? Beijo

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  4. Faz tempo que não ouço um olhar tão leve e otimista sobre Conquista. Muito bom ler isso.Muito mesmo.

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  5. Não sabia que você estava em Conquista. Tá aí uma cidade pra onde já fiz seleção e nunca passe. Dou graças a Deus. Não aguentava o frio. bjs!!

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  6. Estou tentando me acostumar com o frio... Mas não é fácil, não rsrsr

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