O melhor banho do mundo, com certeza, é aquele que se toma depois de uma pedalada. Leva pelo ralo não só o bendito suor, mas também as preocupações, as raivas, as ansiedades. De brinde, ainda encobre o corpo e a mente de boas vibrações.
Hoje eu fui buscar a minha "branquinha" que, após dias de viagem em uma super caixa, finalmente foi montada pelo mais simpático "consertador" da cidade. Seu Edilson riu de mim quando perguntei como, afinal, se trocava a marcha com aqueles quatro controles. "Menina, você nunca andou de bicicleta de marcha?". Sim, mas foi há 16 anos... Risos, muitos risos.
Tenho que confessar que eu estava em pânico, pois tenho traumas de pedalar em meio ao trânsito. Planejava pedalar bem cedinho, quando esse risco é mínimo, mas não tinha jeito de recebê-la montada fora do horário comercial. Então vesti a mente de outros pensamentos e fui. Quem sabe, pensando nas contas do mês, eu esqueço o risco?...
Ôxe! Bastou eu pegar a avenida Kennedy e tudo foi se acalmando. Segui pela ciclovia (primeira vez por lá também, já que eu cresci do outro lado da cidade), venci a temível rótula da ponte do São Caetano, passei em frente ao Shopping e segui por trás do Espaço Cultural. Para minha surpresa, os carros me ajudaram, buzinando para avisar quando se aproximavam de mim. Daí passei pela ponte de pedestres - em minha infância, tinha que passar empurrando a bike, por conta das barras de ferro que fazem jus ao uso exclusivo pelos pedestres, mas a prefeitura teve a generosidade de retirar uma delas para que os ciclistas passassem sem problemas. A única parte tensa de verdade foi o trecho em que precisei atravessar as avenidas Juracy Magalhães e Ilhéus. Daí em diante, foi só aventura: fiz minha primeira trilha de terra pela obra do canal da Amélia Amado que me rendeu um sorriso bem grande pregado no rosto :)
Chegando em casa, ainda me restava subir os 50 degraus com a ciclo-companheira aos braços e partir para ele, o melhor banho do mundo.
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