segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Amigos imaginários

Não, eu não tive amigos imaginários durante a infância. Era tímida demais para conversar com uma ausência-presença, correndo o risco de ser ouvida por uma autoridade-presença. Meus diálogos com os seres invisíveis eram todos telepáticos. Só eu e o dito-cujo interlocutor sabíamos de nossos compartilhamentos filosóficos. Era um deleite silencioso, mútuo.
Todavia, considerando a metáfora da contradição hegeliana, eis que me permito, durante os trinta, em Fortaleza, estabelecer diálogos com presenças-silêncio, que todos podem interpretar, ao modo das teorias da recepção.
Boa leitura!

Colocando o mundo em suspeição.

"Corno e touro bravo se derruba é pelos chifres", do filme Lisbela e o prisioneiro.

Obrigada, amiga floreira!

Não chore, não.

"Isto fala!", disse D. Pedro 


Dê-me de beber, mulher.

Divide o jambo com o pobre do cachorro, rapaz!

"a ponte é até onde vai o seu pensamento"

Deixe, Patativa, eu segurar o dedinho que aponta para a terra!

"Assim é, se lhe parece". 
Me convence muito, não...

Calma, seu vaqueiro.

Elas, as cores, e eu.

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