quinta-feira, 19 de maio de 2011

A pedra mais alta


Revisitando a pasta de fotos da trilha à Pedra da Serra do Jequitibá, que fiz com a turma de Buerarema na quinta-feira santa, por coincidência ou não, encontrei a trilha sonora ideal: a pedra mais alta, do álbum Entrada para Raros, do Teatro Mágico.



A Pedra Mais Alta                                                                     
O teatro mágico

Me resolvi por subir na pedra mais alta
Pra te enxergar sorrindo da pedra mais alta
Contemplar teu ar, teu movimento, teu canto
Olhos feito pérola, cabelo feito manto

Sereia bonita sentada na pedra mais alta
To pensando em me jogar de cima da pedra mais alta
Vou mergulhar, talvez bater cabeça no fundo
Vou dar braçadas remar todos mares do mundo

O medo fica maior de cima da pedra mais alta
Sou tão pequenininho de cima da pedra mais alta
Me pareço conchinha ou será que conchinha acha que sou eu?
Tudo fica confuso de cima da pedra mais alta

Quero deitar na tua escama
Teu colo confessionário
De cima da pedra não se fala em horário
Bem sei da tua dificuldade na terra
Farei o possível pra morar contigo na pedra

Sereia bonita descansa teus braços em mim
Não quero tua poesia teu tesouro escondido
Deixa a onda levar todo esboço de ideia de fim
Defina comigo o traçado do nosso sentido

Quero teu sonho visível da pedra mais alta
Quero gotas pequenas molhando a pedra mais alta
Quero a música rara o som doce choroso da flauta
Quero você inteira e minha metade de volta



Ouvindo e revendo, me lembrei de um bate-papo com um amigo de “Buera” sobre a sensação vivida lá no alto.
Ele: eu me senti pequeno diante da grandeza do mundo.
Eu: hum... eu me sentia enorme lá em cima, me sentia mais no mundo, porque ele me acolhia em sua grandeza.




 A pedra

eu no mundo

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