terça-feira, 20 de setembro de 2011

Deus me livre!

Sete horas da manhã e a vizinha grita por vó no portão. Lá vou eu atende-la.
- Bom dia!
- Bom dia! Cadê Elba? Vim matar a galinha pra ela.
- Ela não está, mas se a senhora souber qual é a bendita que está marcada para morrer, pode entrar e buscar a galinha lá quintal.
- Ah, eu sei! Dá licença, minha filha.
Algumas horas depois, vó está na cozinha, cuidando de verificar o serviço da vizinha e o resultado da alimentação cuidadosa que ela oportunizou à coitada da galinha durante seus meses de vida. E comenta a avaliação positiva com meu primo, de 16 anos.
- Hummm, como estava gorda!
Ele: Vó, a senhora já matou muita galinha?
Ela: EU NUNCA MATEI UMA GALINHA! Estou com 75 anos e nunca em minha vida eu matei uma galinha sequer. DEUS ME LIVRE!
Ele, com os olhos arregalados pela ênfase dela: Hummm
Ela: Veja, ela estava cheia de ovos para botar! Você quer comer?
Ele, com o nariz torcido de nojo: Comer? Eu não! Eles estavam em formação, vó...
Ela: ora veja, são ovos normais, só que ainda não estavam com a casca em ponto de botar. Coma! É gostoso!
Ele: Muito obrigada, vó, mas eu não vou aceitar, não.
E por dentro, ele pensou: DEUS ME LIVRE!

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