Certa vez, presenciei minha prima comentando um exercício de literatura com seus colegas. Ela dizia: minha terra tem cacau, onde brinca o jupará! E eu, com uma sobrancelha erguida, a adverti: não, nossa terra tem areia, onde brinca o grauçá. Nascemos em Canavieiras, não em Itabuna! Ela ergueu as duas sobrancelhas, de surpresa, e se calou.
Ela não estava de todo errada, afinal, a fase que vivemos em nossa cidade natal foi pequenina, mas é fato que foi marcante, ao menos para mim. Lembro-me claramente dos detalhes da casa, das ruas de paralelepípedos, do jardim de hortênsias que vó cultivava, dos passeios de bicicleta rumo ao porto ou à praia, mas, entre todas, a imagem do por do sol foi a que guardei como o fim daquela fase.
Voltei a Canavieiras muitos anos depois, em busca de uma parte de minha história que ficou perdida no passado. E encontrei um nascer do dia lindo, acompanhado das areias da praia da Costa. Dessa vez, foi a imagem de um dia começando que ficou marcado na minha memória, representando uma nova fase, uma nova história a escrever.
Dia 31 de agosto de 2011
Fiquei sem fôlego! Que imagens lindas, estou sem comentários!
ResponderExcluirObrigada! Lindo mesmo foi ver ao vivo! Deus é muito generoso com a gente...
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