É, meu amigo, sofrer por amor parece ser universal. Que atire a primeira pedra aquele que venceu a adolescência e ainda não viveu esse pesar. Talvez seja um mal necessário, para a gente aprender a fazer boas escolhas. Ou amar melhor da próxima vez. Digo isso porque a gente sempre busca por alguém que nos ame, que nos faça feliz e chegamos a esquecer de que, se existe um investimento possível no amor, é o de ser o melhor amor do mundo para o outro. Acredito que a gente só tem controle (e relativo) sobre o próprio amor, nunca sobre o amor do outro.
De repente - porque raramente a gente se dá conta quando isso acontece - amor do outro acabou. E agora? Não havendo muito o que fazer pelo outro, é hora de cuidar de si. Viver a dor da perda, por que não? Chorar, mas enxugando as lágrimas; continuar a rotina no melhor estilo "bloco do eu sozinho", mas sem esquecer que temos amigos para todas as horas; e buscar novas vivências, afinal, a vida não acaba aí.
Para mim, a música é sempre um bom remédio para levantar o astral. E tem uma, do Nando Reis, chamada "Ainda não passou", que ajuda bastante quando o assunto é recomposição de coração despedaçado. Ele aparece no clip vestindo um escafandro, aquela roupa bem pesada de mergulhador. Ilustra bem o que se sente depois de um rompimento: a perda de ar quando se lembra do que passou; o isolamento do resto do mundo, que, no clip, é preto e branco. E o bom é que a música acrescenta o magistral "mas vai passar!"
Confere aí:
Nando Reis
Triste é não chorar
Sim eu também chorei
E não, não há nenhum remédio
Pra curar essa dor
Que ainda não passou
Mas vai passar!
A dor que nos machucou
E não, não há nenhum relógio
pra fazer voltar... O tempo voa!
Eu não suporto ver você sofrer
Não gosto de fazer ninguém querer riscar o seu passado
E o que passou, passou
E o que marcou, ficou
Se diferente eu fosse será que eu teria sido amado?
Por você, por você
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